Sábado, 4 de Julho de 2015
Porto é uma festa da nostalgia", diz El País

Uma cidade cheia de memórias e onde se pode ver a livraria e a estação de comboios mais bonitas do mundo. O jornal de referência espanhol El País publicou, na semana passada, um extenso artigo sobre a cidade do Porto. 

 

A autora começa por visitar a Torre dos Clérigos, a mais alta de Portugal depois da Torre Vasco da Gama, em Lisboa, sublinhando a vista que oferece sobre a cidade. "Parece que todos os telhados do Porto disputam um lugar para se debruçarem sobre o rio Douro", diz Ana Esteban.

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Em baixo, vê-se a Praça da Cordoaria, com as suas lojas centenárias, como a Casa Oriental, onde as pessoas compram um pouco de tudo, desde chá a fruta. O passeio da cronista do El País prossegue pelo Jardim das Oliveiras e pela rua das Carmelitas, com paragem obrigatória na Livraria Lello "que dizem ser uma das mais belas do mundo". Aqui, entre a "luz dourada e as paredes ricamente" adornadas "os livros parecem joias".

 

Ali perto, Ana Esteban aproveitou para visitar a Fundação Eugénio de Andrade que em tempos foi a casa do poeta. "O Porto é só a pequena praça onde há tantos anos aprendo metodicamente a ser árvore ", lê-se numa passagem do artigo que cita Eugénio de Andrade.

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A Invicta está "livre da monotonia" das outras cidades

 

A jornalista espanhola percorre ainda a Rua do Carmo, através da praça Gomes Teixeira onde brilha a igreja de estilo barroco homónima, com "uma fachada em tons azuis e onde se pode subir a bordo de um dos antigos elétricos que ainda circulam na cidade".

 

O roteiro do El País destaca também as praças da cidade - a praça da Cordoaria, da Batalha e a Praça da Liberdade - que "prolongam os seus braços" pela Avenida dos Aliados e a Rua de Santa Catarina.

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A preservação das fachadas 'vintage' das lojas e dos bares, com os seus neóns dos anos 50, remetem a autora do artigo para memórias de infância que correm "o risco de se extinguirem". "As ruas do Porto estão livres da impessoal monotonia que se sente nas nossas cidades, e são assim uma festa da nostalgia".

 

Quanto à estação de São Bento e a sua estrutura de ferro é descrita, no artigo, como uma das mais belas do mundo, tal como a livraria já referida.

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O passeio prossegue pelo bairro da Sé com a sua "amalgama de telhados velhos que descem até à Ribeira" e onde a jornalista ser "perdeu por ruazinhas que escondem tabernas de fado e vielas como nomes como Escadas das Verdades".  

 

A terminar, Ana Esteban quis provar os vinhos das caves de Vila Nova de Gaia, atravessando a ponte Dom Luís observando o reflexo da cidade nas aguas do Douro. "Já não sei se gosto mais do Porto visto de cima ou agora, com a promessa de um copo (das caves) visto aqui debaixo", conclui o artigo. 


 



publicado por Donna Viagem às 13:28
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Lisboa é "deslumbrante", é "otra cosa", é capa do suplemento de viagens do El País

"A Lisboa não se vem ver, vem-se viver", diz-se no ‘El Viajero’. Entre muitos encantos, listam-se 30 dicas para tabernas, miradouros e... sítios "quase sem turistas".

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O cartão-de-visita não poderia ter sido melhor escolhido: na capa desta sexta-feira do El Viajero" (e no site), dois turistas admiram o pôr-do-sol com toda a Lisboa à proa a partir daquele que é um dos mais belos miradouros da cidade, o da Senhora do Monte, na Graça.

 

Uma imagem que sublinha ideias como a de que Lisboa está a “receber a paixão que antes absorveu Berlim, com a queda do Muro, ou Barcelona, quando se levantou como olímpica”. “No caso de Lisboa, o viajante tem dúvidas de se está a cair ou se está a levantar", escreve-se, mas isso até pode ser uma "maravilhosa incerteza".

 

Do que tem mesmo certeza o jornalista Javier Martín, que assina o artigo no “El País, é que a capital “resiste milagrosamente ao transformismo turístico do fim-de-semana, que converteu tantas cidades em parques temáticos”. É que “Lisboa é outra coisa" (precisamente o título de capa da reportagem).

 

"A Lisboa não se vem ver, vem-se viver", lê-se no artigo de Martín – correspondente em Portugal com anos de experiência –, recheado de elogios e notas espirituosas. Assinalando o crescimento turístico da cidade, escreve-se que "franchisings e cadeias internacionais não puseram fim - ainda - a esta Lisboa de sonho; com o seu comércio à unidade e ao centímetro nem com as suas tabernas, onde a família proprietária se aguenta à frente e atrás do balcão. Aguentam-se porque - salvo incêndios e terramotos - Lisboa aguenta quase tudo". 

 

Ao longo de três páginas, o jornalista leva-nos a viajar pela cidade, procurando descobrir porque está crescentemente nos tops dos viajantes. Para além de tudo, uma grande mais-valia é a segurança: o viajante pode mover-se "entre uma segurança quase absoluta e a educada paciência dos habitantes" que, "apesar de tanta algaraviada, não se deixou contagiar pelas pressas". É que, constata, "o português é pouco dado a mudanças".

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O passeio segue por conversas num dos melhores hostels do mundo, o Home Lisbon, com Paula Oliveira, directora-exectutiva do Turismo de Lisboa, ou com visitantes que acabaram por decidir tornar-se moradores, como Camila Watson, a fotógrafa responsável pela célebre série fotográfica de moradores de Alfama exposta pelas ruas do bairro. Isto, entre apontamentos que vão das igrejas às "santas paredes de Vhils", do "café da esquina e a ginjinha", ao "bife do Snob e o cortejo da Pensão Amor". 

 

Em complemento, a reportagem inclui 30 dicas para outras descobertas da cidade, entre dez locais para melhor admirar as vistas, dez tabernas e, especialmente, "dez sítios incríveis e (quase) sem turistas".

 

É esta lista que poderá surpreender muita gente mas não lhe faltam boas ideias. Nela, o jornalista inclui o Ateneu Comercial de Lisboa (nas Portas de Santo Antão), o Jardim Botânico Tropical (no largo dos Jerónimos), a Vila Berta (Graça), Campo de Ourique, a Capela de Santo Amaro (Alcântara), a Praça das Amoreiras (onde se encontra a Mãe d'Água), o Palácio Burnay (Alcântara, a escolha é também muito espanhola, já que foi embaixada de Espanha), o Jardim Bordallo Pinheiro (Campo Grande), o Cemitério dos Ingleses (Estrela) e o Museu Militar (Santa Apolónia).

 



publicado por Donna Viagem às 11:48
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